sábado, 21 de fevereiro de 2009

ESCOLA DO ESTADUAL DE PARADA ANGELICA

Uma escola estadual em Duque de Caxias vai fechar no ano que vem. Os alunos da Escola Estadual Parada Angélica, na periferia do município, estão inconformados e não aceitam a determinação da Secretaria Estadual de Educação. A escola é a única no bairro e, em 2007, os estudantes serão transferidos para outros colégios, longe de casa.

Telhado, salas e corredores depredados. Desde março deste ano, já não havia mais ninguém estudando no lugar. Os cerca de 800 alunos foram transferidos provisoriamente para outro prédio até que a escola pudesse ser reformada.

Mas hoje, nove meses depois, a situação de abandono é tão grande que a escola pode fechar as portas definitivamente. Os alunos estão a 200 metros dali, em salas cedidas por uma igreja evangélica. Espaço apertado e, segundo o professor Leandro Bersácula, nada adequado para as aulas.

“Não há portas, não há janelas. A dispersão dos alunos é muito grande, uma vez que, quando qualquer pessoa que passa no corredor, os alunos acabam observando e se dispersam facilmente”, conta o professor.

“O professor tem que juntar dois alunos em uma mesa”, diz uma estudante.

Apesar das dificuldades, todos imaginavam voltar para a antiga escola depois da reforma. Mas esta semana a comissão de pais e professores foi comunicada de que o colégio pode ser mesmo desativado e os alunos obrigados a estudar em outros bairros.

Jane conta que o filho ficou arrasado com a notícia: “Ele chorou muito”.

“Temos medo da violência, porque as escolas que têm vagas para oferecer estão em lugares de risco”, comenta a dona de casa Ana Paula Fernandes.

A obra de recuperação da Escola Estadual Parada Angélica foi orçada em mais de R$ 1,2 milhão. Dinheiro disponível - a publicação saiu no Diário Oficial, no mês de outubro.

“Não podemos mais perder esse patrimônio. Isso faz parte da história de Parada Angélica. Nossa proposta é que se aproveite o período de férias, que se façam as reformas necessárias e que as obras comecem imediatamente aqui”, defende Carlos Alberto Lopes Pires, representante da comissão de pais e professores.

A Secretaria Estadual de Educação informou que as obras vão começar assim que for concluída a licitação, no dia 22 de dezembro. A secretaria informou também que o colégio será reconstruído e terá dimensões maiores que as atuais.

No fim desta manhã, os pais dos alunos se reuniram com representantes da Secretaria Estadual de Educação, para discutir os locais para onde os alunos serão transferidos.

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